Nossa
missão é
somar sempre

Como escolher o seu curso de pós-graduação?

Análise do contexto do mercado de trabalho é necessária, mas também é fundamental que o profissional compreenda o momento em que se encontra na carreira

São muito comuns as listas e os rankings sobre os cursos de pós-graduação mais procurados por estudantes recém-formados ou por profissionais que já atuam no mercado de trabalho. No entanto, se engana quem pensa que é assim que se deve começar a definição desse importante passo na carreira. Ainda que esse tipo de pesquisa seja algo para se levar em consideração, há outras etapas anteriores a essa que precisam ser cumpridas.

Essa é a opinião de Elias Roma Neto, coordenador no Grupo Educação Superior no Futuro do Senac São Paulo. Para ele, é necessário que haja, primeiro, o questionamento sobre o quê se pretende com uma pós-graduação e qual é o propósito para iniciá-la. “A primeira pergunta é: ‘o que você busca?’ Depois, em função do que te atende, do que te faz feliz, conciliar com as oportunidades do mercado”, comenta. Entre as diversas motivações possíveis, Neto cita a necessidade de atualização profissional, a busca por uma especialização, a resposta a demandas do mercado ou até mesmo o desejo individual de uma mudança de área.

Neste sentido, Ricardo Felix de Souza, que também é coordenador no Grupo Educação Superior no Futuro da instituição, acredita que é fundamental haver total compreensão do momento em que o profissional se encontra na carreira, seja aquele que acabou de sair da graduação ou aquele que já está atuando no mercado de trabalho. Os dois coordenadores concordam que, independentemente dos cursos mais procurados, é uma análise das necessidades e desejos individuais, caso a caso, que deve determinar o caminho a seguir.

Para ajudar nesse processo, Felix diz, por exemplo, que uma boa estratégia é observar as dinâmicas do mercado que levam os profissionais de determinada área a terem necessidades específicas de aprimoramento ou de capacitação extra. Graças ao advento de novas tecnologias, o mundo do trabalho se transforma a passos cada vez mais largos e, segundo ele, isso “leva os profissionais a estarem a todo momento revendo, melhorando e desenvolvendo novas competências para lidar com os desafios de um contexto que traz novas complexidades e novos problemas”.

Em vez de cursos, áreas de destaque

Neste cenário de constantes mudanças e evoluções – potencializadas pelas consequências que a pandemia de Covid-19 trouxe também para a forma como se trabalha –, algumas áreas têm ganhado destaque nos últimos anos, entre elas a de Gestão.

Felix aponta que “antigamente se pensava em gestores e administradores apenas na faixa mais alta dentro da hierarquia da empresa”, mas que atualmente, no entanto, há níveis de gestão que são intermediários, abrangendo os mais diversos campos de atuação como o financeiro, de RH, logística ou marketing. Deste modo, são várias as opções de cursos na área de gestão executiva para as pessoas que “rapidamente querem adquirir competências para gerir e desenvolver processos dentro do seu escopo de trabalho”.

De acordo com Elias Roma Neto, um dos desafios do profissional moderno é a tomada de decisões com base na análise de dados. Além dos cursos na área de Gestão que podem contribuir para a melhor preparação do profissional para atender a essa demanda, Roma afirma que pós-graduações na área de TI têm se mostrado igualmente relevantes nos dias de hoje, principalmente diante da expectativa de aumento considerável do número de vagas abertas relacionadas a esse setor.

Outro desafio é o de se manter constantemente atualizado e capaz de responder satisfatoriamente às exigências do mercado. Ricardo Felix acredita que os cursos de pós-graduação permitem aos profissionais oferecer contribuições mais efetivas e contextualizadas ao ambiente em que trabalham. “Se há uma transformação no mercado profissional, em um ano [de pós-graduação] ele consegue se alinhar e se adaptar a essas mudanças. Em curto espaço de tempo você consegue se manter atualizado em um mundo que está em constante transformação”, conclui.