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Queda dos juros deve incrementar mercado imobiliário
A taxa Selic está com o índice em seu menor patamar desde maio de 2022 e pode favorecer os investidores que pretendem adquirir um imóvel
O comportamento da Selic costuma nortear os demais índices brasileiros e servir de termômetro para economia, incluindo os investimentos. Os últimos dados dessa taxa, que também é conhecida como taxa básica de juros, trazem uma perspectiva para os investidores que pretendem adquirir um imóvel nos próximos meses.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a Selic em meio ponto percentual, dessa forma, a taxa caiu de 13,25% para 12,75% em setembro de 2023. Essa é a segunda queda consecutiva dos juros, trazendo o índice em seu menor patamar desde maio de 2022.
A queda da Selic causa impactos diretos nos juros do mercado imobiliário, incrementando diversas aplicações desse setor, como a construção civil, compra e valorização de imóveis. Por esse motivo, o cenário atual é considerado oportuno para os investidores que podem adquirir um bem no mercado tradicional ou em leilão de imóveis judiciais.
O que é a taxa Selic e como ela mexe no mercado imobiliário?
Segundo o Banco Central, a Selic é a taxa básica de juros da economia do país e o principal instrumento de política monetária para controlar a inflação. Ela gera influências em todas as taxas de juros do Brasil, como as dos financiamentos, empréstimos e aplicações financeiras.
Nos anos de 2020 e 2021, a taxa básica de juros chegou em seu menor patamar histórico, quando atingiu a marca de 2% e tornou o crédito imobiliário mais acessível para a população, pois os juros cobrados nessas operações eram menores.
Segundo o Conselho Regional de Corretores de Imóveis da 1ª Região/RJ (Creci-RJ), quando a Selic aumenta, os bancos tendem a emprestar mais dinheiro ao governo para aumentar os próprios rendimentos. No entanto, quando acontece a queda dessa taxa, como ocorre em cenários de inflação controlada e estabilidade macroeconômica, os bancos são estimulados a emprestarem mais dinheiro ao consumidor, pois aumenta a oferta de capital disponível no mercado.
Dessa forma, em cenários como o atual, a redução da Selic proporciona uma série de impactos no mercado imobiliário. Os juros dos financiamentos de imóveis, por exemplo, se tornam mais atrativos, incentivando mais brasileiros a procurarem por condições para adquirirem propriedades.
Esse tipo de ação provoca o aumento na demanda do mercado imobiliário e consequentemente, uma maior valorização dos imóveis. Com taxas de juros mais baixas, os investidores buscam por opções no mercado imobiliário e deixam de lado os outros investimentos, contribuindo para a valorização dos preços das propriedades.
Além disso, a queda da taxa Selic também pode estimular o setor da construção civil. Diante de custos de financiamento mais baixos, as construtoras e incorporadoras podem expandir suas operações, gerando mais empregos e acelerando o crescimento do setor.
Como aproveitar o momento para adquirir imóveis
No setor imobiliário, o investidor encontra diferentes possibilidades de adquirir uma propriedade em um momento de queda dos juros. O financiamento imobiliário ganha juros mais atrativos com a redução da Selic e pode ser considerado uma opção na hora de adquirir uma casa, apartamento ou terreno.
Os financiamentos podem ser utilizados no método de compra tradicional ou ainda em leilões de imóveis. A segunda modalidade, apesar de pouco utilizada, é uma opção segura e mais econômica quando comparada aos outros modelos de compra de propriedade.
Em alguns casos, os valores dos imóveis em leilões podem chegar a ser 80% mais baixos do que os itens vendidos no formato tradicional. Atualmente, é possível encontrar diferentes portais de leilão de imóveis São Paulo e em outras regiões do país. Entretanto, antes de participar desse tipo de evento, o investidor precisa procurar pelo edital, documento que contém todas as informações necessárias, como tipo, localização, condições do imóvel, métodos de pagamento e como ele será financiado.
Cabe ressaltar, que há duas opções de leilões disponíveis para os investidores. Os judiciais são os que acontecem quando alguém não paga uma dívida e tem seus bens penhorados pela justiça. Já os extrajudiciais são aqueles organizados pelos bancos e não precisam de intervenção da justiça, como o leilão de imóveis Bradesco.
No entanto, cabe ressaltar que o financiamento de imóveis nesse tipo de modalidade pode ser feito apenas em leilões da Caixa Econômica Federal e suas regras são regulamentadas e descritas no próprio edital.