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Quais os diferenciais das empresas premiadas como melhores lugares para mulheres trabalharem?
Mulheres reivindicam mais espaço no mercado de trabalho e remuneração compatível com cargo
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), apenas 45,8% das mulheres ocupam postos de trabalho no Brasil – o menor índice desde 1990. Esse dado é alarmante, mas também já esperado por quem acompanha os debates sobre igualdade de gênero no país. Historicamente, as mulheres têm travado batalhas para poder exercer direitos básicos, como o direito ao voto, concedido a elas somente em 1932.
Ainda há muitas demandas a serem atendidas em prol da população feminina. Aos poucos, elas conseguiram se inserir no mercado de trabalho, mas faltam políticas de igualdade de gênero que permitam espaço e remunerações iguais às dos homens. Em 2019, de acordo com informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres ganhavam cerca de 22% a menos que os homens e ocupavam menos cargos gerenciais.
Querendo mudar esse cenário, empresas têm implementado políticas de diversidade e igualdade de gênero para contratar mais mulheres e tornar o ambiente de trabalho mais inclusivo para elas. Buscando premiar essas iniciativas, o prêmio Great Place to Work (Ótimo Lugar para Trabalhar, em tradução livre para o português) lançou o GPTW Mulher, que neste ano alcançou sua 5ª edição e reconheceu empresas que conseguiram, entre outras coisas, aumentar o número de mulheres contratadas e em cargos de liderança.
O que empresas como Mercado Livre, Dell Technologies, Johnson & Johnson e Banco Santander, que formam o top 4 do ranking GPTW Mulher 2021, têm em comum? Todas elas transformaram políticas em ações concretas, como abrir setores exclusivos para a diversidade e igualdade de gênero, promover palestras e debates sobre esses temas, pesquisar sobre o que é ginástica laboral e outros programas de saúde e bem-estar, oferecer mais flexibilidade para mulheres que são mães, entre outras.
Independência financeira
Mulheres com maiores remunerações têm mais chances de conseguir a independência financeira. Hoje, elas estão tentando obter essa independência não só trabalhando, mas também investindo. Se, antes, o mercado de investimentos era feito por homens e para homens, a realidade agora é outra. O público feminino tem participado ativamente desse setor.
Essa afirmação é confirmada pelo Relatório Global sobre Mulheres e Criptomoedas, das pesquisadoras Marina Spindler e Paulina Rodriguez, em parceria com instituições financeiras, que revelou a presença cada vez maior de mulheres investidoras de criptomoedas. Após passar por crises financeiras, essas mulheres buscaram aprender sobre o mundo dos investimentos das criptomoedas e hoje utilizam os lucros ganhos para serem independentes financeiramente.