Nossa
missão é
somar sempre

Não faltam líderes, falta liderança

Liderança se constrói com atitudes, coragem, determinação e vontade

Tive o prazer de acompanhar no Estádio Mané Garrincha, em Brasília, ao melhor jogo do Brasil até agora, vencendo Camarões por 4x1, com show de bola!

Como de costume, comecei a analisar a postura da Seleção em campo e comparar com o mundo corporativo, onde vivo há mais de 15 anos. Naquele jogo, a liderança de Neymar em conduzir o time para a vitória foi inegável, além de Thiago Silva, um gigante na zaga que, apesar de quieto e até tímido, exercia papel fundamental no equilíbrio da defesa.

Mas o que mudou desse jogo para o último que vimos contra o Chile? Simples: a situação e o cenário “externo” da seleção. Nenhum jogo é igual ao outro. E nesses momentos, podemos avaliar o perfil de liderança não só da comissão técnica, mas também de cada jogador. Assim é no mundo corporativo. Em cada projeto, cada momento da empresa ou cada área funcional, temos diferentes lideres que ou conhecem melhor o assunto, ou já vivenciaram situações semelhantes e podem tomar a frente, pegar a bandeira e dizer “Sigam-me, sei o que estou fazendo!”

No último sábado, nenhum jogador chamou a si a responsabilidade. Nem mesmo o Felipão cobrou essa postura deles, pelo menos na analise crua pela TV.

Ver o Paulinho no banco de reservas dar força ao time foi o mais próximo que chegamos ao que chamamos no mundo corporativo de “Exercer a Liderança”.

Liderança se constrói com atitudes, coragem, determinação e vontade.

O time do Brasil tem sim líderes como Neymar, Thiago Silva, David Luiz, Paulinho. Porém eles não estão sabendo exercer a liderança em sua melhor maneira.

O que o time do Brasil precisa é saber em quem confiar em determinados momentos da partida. Daí entra o papel do Felipão (ou do CEO no mundo corporativo), que é saber explorar ao máximo o perfil e potencial de cada comandado. O conceito de time é isso: é fazer com que cada um exerça seu potencial ao máximo, sem jogo de egos, sem paternalismo e sem estrelismo. É assim que uma empresa chega ao sucesso e será assim que o Brasil poderá chegar ao Hexa. Talento para isso nós temos!

Carlos Guilherme Nosé - CEO da Asap Recruiters, empresa de recrutamento e seleção de executivos.